domingo, 20 de dezembro de 2009

"Meu tetravô Valgode", José Valgode

Meu tetravô Valgode

Que era Conde

Eu sei lá de onde,

Visitava a casa de minha avó

Que na época estava só.


Era uma linda viúva

Não apanhava sol nem chuva,

Entre dois goles de chá

Meu tetravô Valgode

Gosta do sumo da uva,

Bebia aquilo que se pode

e perguntou à minha avó

senão achava esquisita

aquela forma de estar só?!


Entre tantos galanteios,

o malandrão tocou-lhe nos seios,

pois para ele não era tema,

depois de beber uns copos

escreveu-lhe um poema,

meu tetravô estava inspirado

pela boa copofonia

disse então à minha avó Maria

que não era santinho nem vidente

E se ela queria

que ele lhe ferrasse o dente?!


Ela toda se derretia,

ninguém estava então presente

na casa de minha avó,

a partir daquele dia,

nenhum deles vivia só.

________________________
http://www.valgode.de

Formatação e arte : Águida Hettwer

Visualização e som : Vera Pessoa
São Paulo, 16 de dezembro de 2009

Sem comentários: