domingo, 20 de fevereiro de 2011

Amai os vossos inimigos

Num tempo em que voltaram as perseguições religiosas em vários países, nomeadamente aos cristãos, o evangelho de hoje chama-nos a sermos mais uma vez testemunhas de Cristo, praticando o perdão e a paz entre os homens, mesmo os nossos "inimigos", seja em família, seja no local de trabalho, seja nas nossas relações sociais.
Será nisto que seremos diferentes, no amor fraterno. É uma utopia o ser cristão, já o era há dois mil anos atrás e continua a sê-lo. Mas nós cristãos católicos, temos sempre a fé e a esperança, logo andamos neste mundo com cara de gente salva, que acredita num mundo melhor e que luta no seu dia a dia por um mundo melhor.
Boa semana.

«Amai os vossos inimigos»

VII Domingo do tempo comum (ano A)

"O perdão, a não violência, a caridade para com o(s) outro(s), o amor aos inimigos, imitando a bondade de Deus, nosso Pai, são os sinais distintivos do cristão no mundo.
É também nisto que os cristãos são diferentes do mundo que não crê nem ama. Peço a coragem ser assim, diferente,"


Pe. José Maria G. Fabião, Reitor da Igreja da Trindade - Porto


Evangelho segundo S. Mateus 5,38-48.

«Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa. E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas. Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.» «Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»

Da Bíblia Sagrada


Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Le Miroir de la charité, III, 5 (a partir da trad. Orval/do breviário)

«Amai os vossos inimigos»

Não há nada que nos encoraje mais a amar os nossos inimigos, naquilo que consiste a perfeição do amor fraterno, do que a consideração e a gratidão pela admirável paciência do «mais belo dos filhos dos homens» (Sl 45 (44), 3): Ele ofereceu a Sua bela face aos ímpios para que a cobrissem de escarros; permitiu-lhes vendarem-Lhe aqueles olhos que, de um só relance, governam o Universo; expôs as Suas costas ao chicote, submeteu aos picos dos espinhos a Sua fronte, diante da qual deviam tremer príncipes e poderosos; entregou-Se às afrontas e às injúrias e, por fim, suportou com mansidão a cruz, os cravos, a lança, o fel, o vinagre, mantendo, no meio disso tudo, toda a doçura e serenidade: «Como um cordeiro levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a boca» (Is 53,7).

Ao ouvir as admiráveis palavras «Pai, perdoa-lhes» (Lc 23, 34), cheias de doçura, de amor e de imperturbável serenidade, o que poderíamos nós acrescentar à bondade e à caridade dessa oração?

E, no entanto, o Senhor acrescentou algo. Não Se contentou em rezar; quis desculpar: «Pai ─ diz Ele ─ perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem»; são, sem dúvida, grandes pecadores, mas não têm disso consciência; por isso, Pai, perdoa-lhes; crucificam, mas não sabem a Quem crucificam. [...] Pensam tratar-se dum transgressor da Lei, dum usurpador da Divindade, dum sedutor do Povo; escondi-lhes o Meu rosto; não reconheceram a Minha majestade; por isso, «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».

Se quiser aprender a amar, que o homem não se deixe arrastar pelos impulsos da sua carne, mas dirija todo o seu afecto para a dulcíssima paciência da carne do Senhor; se quiser encontrar descanso mais perfeito e mais feliz nas delícias da caridade fraterna, que aperte também os inimigos nos braços do verdadeiro amor; e, para que este fogo divino não diminua por causa das injúrias, que tenha sempre os olhos do espírito na serena paciência do seu Senhor e bem-amado Salvador.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Frase do dia

Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo quando está a ajudá-la a levantar-se.

Gabriel Garcia Marquez

Miguel Portas em Bruxelas - ordenados dos deputados

O Dr. Miguel Portas em Bruxelas falando sobre os ordenados dos deputados...
Muito bem dito.



POR QUE RAZÃO ISTO NÃO PASSOU CÁ NO CANAL RTP1, RTP2, SIC, TVI, SIC NOTICIAS.
JORNAL NOTICIAS, DN, TSF, PÚBLICO, CORREIO DA MANHÃ, EXPRESSO, DIÁRIO
ECONÓMICO…

A VERDADE É QUE NÃO PASSOU…
A VERDADE É QUE NINGUÉM OUVIU…
A VERDADE É QUE NINGUÉM ESCREVEU NADA…

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Associação Criança e Vida (CEV)

A Instituição

A Associação Criança e Vida (CEV) pretende apoiar e promover crianças, jovens, pessoas carentes, do ponto de vista económico, familiar e social proporcionando um ambiente familiar de carinho, afecto, sossego, e afastando-as de locais degradantes, rua, droga,…, facultando a quem o desejar uma formação integral e personalizada, humana e cristã (católica), e colaborando ainda na formação do seu pessoal e de outras pessoas que voluntariamente ajudam no trabalho com os utentes/ clientes e que são indispensáveis para assegurar o ambiente familiar tradicional da Associação.

A Instituição procura fomentar a ligação com os pais, avós, filhos, todos os elementos das famílias dos utentes/ clientes, para que cooperem com a Associação na realização dos seus fins; continua sempre o acompanhamento possível de todos, mesmo quando já não frequentam habitualmente as actividades, ao longo das diversas etapas da vida.

A Associação dá sempre prioridade aos mais carenciados entre os utentes/ clientes de todos os sectores, seja em vagas, em disponibilidade de tempo, em maior atendimento, etc..

ASSOCIAÇÃO CRIANÇA E VIDA (CEV)

Por favor informem-se sempre antes de fazer donativos a instituições que não conhecem (telefonem para o número oficial ou vão à instituição), pois já tem havido pessoas a fazer-se passar por membros da direção e a pedir em seu nome)

R. de Miguel Bombarda, 57 4050-380 PORTO
Rua do Breiner, 234 4050-124 PORTO
Fax: 222088407 (Telef. 222084936 / 222004074)
ass.criancaevida@gmail.com


“A Associação Criança e Vida (CEV), é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, criada em 11 de Dezembro de 1979, Diário da República, 3ª série, nº 15 de 18 de Janeiro de 1980 e credenciada pela Segurança Social e pelo Ministério da Educação.
Tem actualmente 66 alunos na Escola do 1º ciclo, 110 crianças e jovens em ATL, 58 crianças na Educação Pré-Escolar, 35 crianças em Creche e 15 idosos em Serviço de Apoio Domiciliário; emprega 33 colaboradores.

SEM CUSTOS, pode ajudar esta associação que muito fez e faz pelos outros, principalmente crianças e jovens.
O que pode fazer para nos ajudar?
Basta colocar na sua declaração de IRS de 2010, o NIPC 500 945 861, desta IPSS, no QUADRO 9, Campo 901, do Anexo H.

Este acto não terá qualquer custo e unicamente obriga o Estado a consignar 0,5 % do IRS cobrado por cada pessoa / empresa / família ao CEV.

Também agradecemos que reenvie esta mensagem para conhecidos, amigos e família.
Em meu nome pessoal e nos das crianças, jovens, famílias e idosos apoiados, um sincero muito obrigado.


Com amizade
Teresa Resende
(Direção)

Mariza (com a TAP)

Lisboa, Dez 2010, TAP (Hangar 5)

Excelente iniciativa!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Deolinda

"Que parva que eu sou"

Esta letra diz-me qualquer coisa... E a vocês?




Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Deolinda

Rodrigo Leão

Terça, dia 8 Fev. 2011, revolta de pais e professores no parlamento

No dia 8 de Fevereiro, terça-feira, a ministra da educação vai comparecer na Comissão de Educação e Ciência. O PSD vai inquiri-la sobre os contratos de associação e quer saber qual é o custo médio do aluno na escola estatal. Os deputados do PCP e do BE vão perguntar-lhe qual é o impacto que o Decreto-Lei 18/2011 terá no desemprego docente.

A ministra terá a esperá-la uma manifestação de pais organizada pelo SOS Movimento Educação. No mesmo local, à mesma hora, os professores das escolas estatais marcarão presença. Se tudo correr como o movimento 3R, Renovar, Refundar e Rejuvenescer, espera que corra, os professores vão comparecer com faixas pretas contra o desemprego docente. Se querem mobilizar os docentes, não deixem de fora o combate à farsa da avaliação de desempenho.

A indignação alastra nas escolas e os professores contratados começam a tomar consciência das consequências que o Decreto-Lei 18/2011 terá na vida deles. Os cortes nos horários dos alunos e as alterações às matrizes curriculares não deixam margem para dúvidas: poucos serão os contratados que vão conseguir um horário completo em Setembro de 2011. Prevê-se a maior vaga de sempre de desemprego docente. No 2º CEB será uma hecatombe. Uma tragédia que afectará também milhares de professores dos quadros.

Os sindicatos não fecham as portas às negociações mas é cada vez mais evidente a vontade de se juntarem e tomarem a iniciativa dos protestos. O ambiente aquece e a revolta cresce. Desta vez, a ministra da educação conseguiu colocar todos contra as políticas educativas do Governo: directores das escolas estatais, professores das escolas estatais, pais e alunos das escolas privadas com contratos de associação e proprietários dos colégios que integram a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular.

O melhor aluno do secundário em 2000 fez o doutoramento e está desempregado

Na página do Prof. Ramiro marques: http://www.profblog.org/
li este texto que me deixou sensibilizada.
Concordo com ele em tudo, exceto no não casar. Acho que se deve casar cedo e ter filhos cedo, embora seja complicado nos dias de hoje ter uma família e não ter ajuda dos pais (porque do Estado... nada. E ainda perguntam porque não nascem mais crianças em Portugal...).


Encontrei ontem o aluno que obteve a melhor classificação do 12º ano no ano 2000 numa escola secundária do Distrito de Santarém onde tenho familiares a leccionarem.

O rapaz chama-se Victor, tem 28 anos de idade, fez o 12º ano com média de 18,8 valores, podia ter ido para Medicina mas preferiu Biologia porque queria ser cientista.

Fez a licenciatura em Biologia com média final de 17 valores. E o mestrado em Biologia Molecular com 19 valores.

Entrou no ano seguinte para doutoramento. Concluiu o doutoramento em Biologia Molecular com nota máxima em Julho de 2010. Está desempregado há seis meses.

O Victor cometeu três erros: casou, comprou casa em Lisboa e tem um carro. Tem dois créditos, uma família, uma casa para pagar e um carro que lhe dá uma despesa fixa mensal elevada.

Ficou agarrado a uma casa e a vários créditos. E amarrado a um casamento que lhe trouxe responsabilidades cedo demais.

Podia ter feito como outros colegas que foram alunos menos brilhantes: não casaram, não compraram carro, não adquiriram casa, não contraíram créditos e ficaram livres para fugir de um país que é padrasto para os que chegaram depois.

Tudo o que um jovem vítima do Socialismo pode ter deve caber dentro de um saco de viagem. Para poder partir sempre que quiser para onde haja um lugar que o trate bem. Longe de Portugal. Sem as grades do socialismo.

Que a história do Victor sirva de lição aos jovens que me lêem ou aos pais que podem transmitir-lhes estes conselhos:

#1 Não casem. Filhos, nem pensar!

#2 Não comprem casa própria; aluguem um apartamento ou quarto e sintam-se livres para marchar para qualquer lado onde haja trabalho.

#3 Comprar carro, para quê? É mais uma despesa fixa que vos tolhe os movimentos e rouba a liberdade.

#4 Não contraiam créditos.

#5 Estudem Inglês e façam do Mundo a vossa casa.

Dê um medicamento a quem precisa

Ano Europeu do Voluntariado 2011

Raquel Abecasis
RR on-line 31-01-2011 08:36


Começa esta semana o Ano Europeu do Voluntariado. É uma iniciativa que, como acontece a maioria das vezes, serve para descansar a consciência de uma Europa à procura de valores que premeditadamente deixou cair, como a sua herança cultural e religiosa.
É, no entanto, uma ocasião para iniciar um caminho que devia fazer parte da educação de todos. Dedicar livremente uma parte do nosso tempo a prestar um serviço, seja ele qual for, à comunidade é uma experiência fundamental para qualquer homem ou mulher.
O desafio que este ano propõe é para todos e devia ser mais do que um discurso para a classe política.
O problema da maior parte dos nossos políticos que enchem a boca com o discurso do "estado social" é que não sabem o que é prestar um serviço gratuitamente a quem está ao seu lado. Esta é talvez a maior diferença entre os políticos de agora, com grande dificuldade em aderir à realidade, e a primeira geração de políticos do pós 25 de Abril, como Ernâni Lopes, Sá Carneiro, Amaro da Costa ou António Guterres, com uma enorme sensibilidade social.
O voluntariado que fizeram, tal como o que fez Obama, dá aos homens políticos um outro olhar sobre a realidade, permite-lhes falar de coisas que as pessoas reconhecem e tomar medidas mais adequadas. Não é por acaso que nas sociedades mais evoluídas o voluntariado é uma parte integrante do curriculum.
Seria uma aposta ganha se, este ano, em vez de discursos, a nossa classe política decidisse arregaçar as mangas e dedicar algum do seu tempo, gratuitamente, a ajudar quem mais precisa. Quem sabe não encontrariam mais facilmente resposta para a crise.

Governo português contra a defesa dos cristãos


Aura Miguel, RR on-line 04-02-2011 09:45


Quando ouvimos notícias sobre atentados contra cristãos, sofremos e, muitas vezes, revoltamo-nos ao saber que foram mortos cobardemente por ódio à fé, enquanto rezavam, como aconteceu recentemente no Iraque e no Egipto.
Entre nós – no Ocidente - não há perseguição aberta nem martírios frequentes, mas muitos cristãos sofrem certa pressão e discriminação: ao nível da opinião pública, nos programas de ensino impostos pelo Governo, na legislação sobre saúde, sobre a família e a vida humana... Enfim, cada um de nós é capaz de enunciar já hoje um ou outro caso.
Às claras, ou veladamente, a violência e intolerância contra os cristãos é sempre condenável. Claro! Foi o que também achou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália ao propor, esta semana, à UE, uma declaração conjunta para condenar a perseguição religiosa anti-cristã.
A proposta italiana teve o apoio da grande maioria dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União, mas foi bloqueada por cinco países: Portugal, Espanha, Luxemburgo, Irlanda e Chipre. E, por isso, não se chegou a acordo.
Ficamos, pois, a saber que o Governo de Portugal é líder na Europa contra a defesa dos cristãos.

Amigos para sempre

Público, 2011-02-05 Miguel Esteves Cardoso

Os amigos cada vez mais se vêem menos. Parece que era só quando éramos novos, trabalhávamos e bebíamos juntos que nos víamos as vezes que queríamos, sempre diariamente. E, no maior luxo de todos, há muito perdido: porque não tínhamos mais nada para fazer.

Nesta semana, tenho almoçado com amigos meus grandes, que, pela primeira vez nas nossas vidas, não vejo há muitos anos. Cada um começa a falar comigo como se não tivéssemos passado um único dia sem nos vermos.

Nada falha. Tudo dispara como se nos estivera - e está - na massa do sangue: a excitação de contar coisas e a alegria de partilhar ninharias; as risotas por piadas de há muito repetidas; as promessas de esperanças que estão há que décadas por realizar.

Há grandes amigos que tenho a sorte de ter que insistem na importância da Presença com letra grande. Até agora nunca concordei, achando que a saudade faz pouco do tempo e que o coração é mais sensível à lembrança do que à repetição. Enganei-me. O melhor que os amigos e as amigas têm a fazer é verem-se cada vez que podem. É verdade que, mesmo tendo passado dez anos, é como se nos tivéssemos visto ontem. Mas, mesmo assim, sente-se o prazer inencontrável de reencontrar quem se pensava nunca mais encontrar. O tempo não passa pela amizade. Mas a amizade passa pelo tempo. É preciso segurá-la enquanto ela há. Somos amigos para sempre mas entre o dia de ficarmos amigos e o dia de morrermos vai uma distância tão grande como a vida.