terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Natal



Um Santo Natal e um excelente Ano Novo para todos!

Conto de Natal

Lá vai ser Natal outra vez! Este ano onde é que vocês celebram as festas? - Vai ser em casa da tia Maria, como de costume. - Como sabes? Já falaste com ela?

- Não, mas é sempre assim. Nem é preciso dizer.

- Pobre tia Maria! Como é tão boa, como está sempre disponível e pronta para todos, já nem se dão ao trabalho de lhe perguntar, de lhe pedir, de a envolver na decisão. Ela, precisamente porque é tão boa, é tomada como garantida, automática, com quem não é preciso perder tempo. Tu vais gastar mais esforços a convencer o primo Augusto a ir à Consoada, porque ele é um resmungão e gosta de se fazer caro, do que com a tia Maria, de quem realmente tudo depende, mas a quem ninguém liga, só porque é excelente.

- Tens razão. Mas é natural, não?

- Natural? Talvez. Mas é uma vergonha.

- Sabes, estava aqui a pensar que isso é exactamente o que nós fazemos com Deus. Nós contamos com o Natal todos os anos. Faz parte do calendário. Nem sequer nos damos ao trabalho de Lhe perguntar se este ano vai haver Natal. Nunca nos damos ao trabalho de inquirir se o Deus todo-poderoso, Senhor do Céu e da Terra, quer este ano voltar a nascer na nossa vida. Como Deus é tão bom, as pessoas tendem a dá-lO como garantido. Nem se lembram de Lhe perguntar, de Lhe pedir, de O envolver na decisão. Isso, tens razão, é uma coisa horrível.

- É verdade! A nossa falta de atenção nasce precisamente de o amor atento e disponível se tornar invisível. Invisível porque sempre presente. Está lá sempre e já não o vemos. Mas a nossa falta de atenção magoa imenso a tia Maria, que se esfalfa a trabalhar para nos ser agradável, e vê os seus esforços considerados como normais, banais, exigíveis. É um grande pecado esquecer--se de agradecer aquilo que é um dom tão indispensável que nem sequer damos por ele.

- Sim. Não há nada pior do que tratar Deus como se trata o sol ou a chuva. Deus faz "nascer o sol sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos" (cf. Mt 5, 45). Mas Ele não é como o sol ou a chuva. Tratar Deus como se fosse um relógio sempre certo, como o sol, ou uma força caprichosa e incontrolável, como a chuva, é o pior dos pecados. Deus, que é amor, supremo amor, não quer ser tomado, não pode ser tomado como o sol ou a chuva.

- Deus, porque nos ama infinitamente, dá-nos sempre o Natal, como nos dá o sol e a chuva. Mas não quer ser tratado como se fosse uma força da natureza ou um mecanismo cego e automático. Deus não pode ser tratado como um engenho que se repete sucessivamente. Porque tudo o que faz é por amor. Ele é amor perfeito, e por isso podemos contar sempre com Ele. Mas, por isso mesmo, nunca o devemos dar por adquirido, nunca o podemos assumir como garantido. Não o podemos desprezar precisamente porque é perfeito.

- Se ao menos nós O víssemos! Com Deus é ainda pior do que com a tia Maria, porque a ela a gente vê. Mas no caso de Deus só vemos o sol e a chuva. Por isso tantos O esquecem.

- Mas não é isso o Natal? Deus, o Deus sublime e transcendente acima da nossa capacidade de compreensão, faz-se um de nós. Desce ao nosso nível para se fazer visível. Tinha anunciado pacientemente, através de uma longa linha de profetas e preparado o momento. Depois, quando veio, fez milagres espantosos, curou, ressuscitou, multiplicou os pães, andou nas águas. Que mais poderia Ele fazer para ser visto?

- E que resposta terrível lhe deram aqueles que tinham sido preparados para a vinda d'Ele!

- Vês que afinal o problema não é que não O possamos ver, porque quando O vimos ainda fizemos pior. Mas, depois de condenado, crucificado, morto, Ele continua visível. Visível na Igreja, na caridade com os pobres, na oração, na Eucaristia. A dedicação atenta, o carinho silencioso, a suprema delicadeza não querem ser mais visíveis do que são.

- Tens razão. O problema não é que não O vemos. O problema, como com a tia Maria, é que não O queremos ver.

- No entanto, como a tia Maria, Deus nunca é tão visível como no Natal. Porque é aí que se vê plenamente a dedicação atenta, o carinho silencioso, a suprema delicadeza.

O espanto do Natal

Nós que todos os anos vivemos o Natal perdemos o espanto perante o Natal. Essa é uma das piores coisas que pode acontecer a quem vive todos os anos o Natal. De facto, aqueles que participam com fervor na celebração anual do Natal sentem muitas emoções acerca dele, desde a elevação espiritual à indignação perante o consumismo e o desinteresse da sociedade. Mas raramente sentem aquilo que é o mais adequado perante o mistério natalício: o espanto.
O espanto principal vem, naturalmente, do próprio acontecimento que se celebra: que Deus omnipotente, que não cabe nos Céus, tenha decidido descer até nós e nascer como um menino, é algo de inaudito, inconcebível, quase inacreditável. Este é o mistério central da nossa fé cristã, mas dificilmente o conseguimos entender, quanto mais descrever, de tal forma ele ultrapassa tudo o que podemos imaginar. Vivemos todos os dias com ele, mas não somos capazes de compreender aquilo em que baseamos a nossa própria vida. O nosso Deus é, sem dúvida, espantoso!
Mas, mesmo se olharmos o Natal de fora, ele é uma festa absolutamente assombrosa. Se virmos o Natal como alguém que nada sabe sobre ele, se o considerarmos sem referência ao seu significado espiritual, temos de admitir que se trata de um fenómeno impressionante.
Ele é a única festa verdadeiramente global que o mundo alguma vez viu. O Natal atravessa todas as fronteiras e culturas. Existem, sem dúvida, muitas pessoas a quem o Natal nada diz, mas é difícil encontrar alguém que não saiba que ele existe.
Por outro lado, todos falam do "espírito natalício" mesmo quando ignoram o tal significado espiritual. De múltiplas maneiras e formas, os meios agnósticos, pagãos e até ateus se sentem tocados por uma mística que não sabem de onde vem. "Festa da família", "tradição popular", "quadra da solidariedade", "reino do Pai Natal" são maneiras comuns de descrever aquilo que ninguém consegue explicar, mas que todos sentem palpavelmente nesta quadra.
Os fenómenos espantosos que rodeiam o Natal são muitos mais. Por exemplo, trata-se da única celebração de aniversário que se verifica há mais de 2000 anos. Mas vale a pena pensar um pouco de onde vem esta surpreendente realidade. Se aquele que nada sabe sobre o Natal quiser entender a origem daquilo que tanto o surpreende, onde deve ele procurar a resposta? Que lhe podemos dizer nós, aqueles que todos os anos vivemos o Natal e participamos com fervor na sua celebração?
Bem, esta questão levar-nos-ia muito longe. Alguns refeririam dados sociológicos, históricos e etnográficos. Falariam da influência planetária da civilização ocidental, do gosto das culturas pelos presentes e pelas festas e de muitas outras coisas. Mas não existem muitas dúvidas que a razão última do fenómeno vem, simplesmente, do facto indiscutível que o nosso Deus é espantoso. O Deus que fez as girafas e os cometas, que concebeu a aurora e as trovoadas, que imaginou as galáxias e os seres humanos, só Ele poderia inventar uma coisa como o Natal.

João César das Neves
Agência Ecclesia, 081223

domingo, 14 de dezembro de 2008

Querem-nos roubar o Natal...

«Bom dia»

9 de Dezembro de 2008



Querem roubar-Te o Natal, Senhor.

Querem ficar com a festa,

mas não querem convidar o festejado.



Querem a árvore de Natal, mas esquecem a sua origem;

querem dar e receber presentes,

mas esquecem os que os Magos Te levaram a Belém;

querem cantos de Natal,

mas esquecem os que os Anjos Te cantaram naquela noite abençoada.

Até a São Nicolau o disfarçaram de "pai Natal".



Querem as luzes e o feriado, o peru e as rabanadas;

Querem a Ceia de Natal

mas já não vão à Missa do Galo,

nem Te adoram feito Menino nas palhinhas do Presépio.



Quando se lembram estas coisas e o facto que lhes deu origem

diz-se que "o Natal é todos os dias",

mas não se dispensa esta quadra de consumo e folguedos.



No meio de toda esta confusão deseja-se a paz e a fraternidade,

mas esquecem que só Tu lhes podes dar.



E a culpa de tudo isto ser assim… é também minha

que alinho nesta maneira pouco cristã de celebrar o teu nascimento.



Se desta vez eu der mais a quem tem menos

e comprar menos para quem já tem quase tudo…

se em vez de me cansar a correr de loja em loja

guardar esse tempo para parar diante de Ti…



Se neste Natal fores mesmo Tu a razão da minha festa…

as luzes e os cantos, o peru e as rabanadas, os presentes e a até o Pai Natal

me falarão de Ti e desse gesto infinito do Teu Amor

de teres viindo ao meu encontro nessa noite santa do teu Natal.



Rui Corrêa d'Oliveira – "Bom dia" – Canal Sim RR –08.12.2008

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Cara Mãe e Caro Pai...

EM CONSCIÊNCIA E COM AMOR PELOS SEUS FILHOS DECIDA O QUE DEVE EXIGIR AOS NOSSOS GOVERNANTES:

• UMA ESCOLA ONDE OS PAIS DEPOSITEM OS SEUS FILHOS ÀS 08H00 E OS RECOLHAM ÀS 18H30
• UMA ESCOLA QUE TEM COMO FUNÇÃO ALIVIAR OS PAIS DO FARDO DE EDUCAREM OS SEUS FILHOS PORQUE ESTE GOVERNO OS OBRIGA A TRABALHAR DAS 08H00 ÀS 18H00
• UMA ESCOLA ONDE OS ALUNOS QUE NÃO QUEREM APRENDER NÃO DEIXEM OS QUE QUEREM APRENDER
• UMA ESCOLA EM QUE O FACILITISMO E IMPUNIDADE AUMENTEM A CADA DIA
• UMA ESCOLA QUE TENHA COMO FUNÇÃO FORMAR CIDADÃOS COM DIPLOMAS QUE MAIS NÃO SERVEM DO QUE MOSTRAR ESTATISTICAMENTE QUE SOMOS UM PAÍS DE “CHICOS” ESPERTOS

OU

• UMA ESCOLA DE EXCELÊNCIA ONDE OS ALUNOS QUE QUEIRAM APRENDER POSSAM APRENDER SEM SEREM PREJUDICADOS PELOS QUE NÃO QUEREM APRENDER
• UMA ESCOLA QUE TENHA COMO FUNÇÃO FORMAR CIDADÃOS SÉRIOS, RESPONSÁVEIS E COMPETENTES
• UMA ESCOLA QUE NÃO SUBSTITUA A FUNÇÃO EDUCATIVA DOS PAIS E QUE, COMO NA FINLÂNDIA, PERMITA OS PAIS ASSUMIREM O SEU PAPEL E AS CRIANÇAS/JOVENS TEREM TEMPO PARA A FAMÍLIA E SOCIEDADE.

EU SOU PAI, E TAMBÉM PROFESSOR, E EXIJO AOS GOVERNANTES DO MEU PAÍS:

• TEMPO PARA SER PAI
• TEMPO PARA BRINCAR E ESTUDAR COM AS MINHAS 4 FILHAS
• TEMPO PARA PASSEAR COM A MINHA FAMÍLIA
• TEMPO PARA QUANDO CHEGAR A CASA AINDA PODER VER AS MINHAS FILHAS ACORDADAS
• TEMPO PARA AOS FINS-DE-SEMANA NÃO TER QUE FICAR EM CASA A CORRIGIR TESTES E PREPARAR AULAS, PORQUE AS MINHAS FILHAS TÊM DIREITO A TER PAIS COMO AS OUTRAS CRIANÇAS

POR ISTO TUDO, CARA MÃE E CARO PAI, PRECISO DA VOSSA AJUDA PARA JUNTOS EXIGIRMOS UMA SOCIEDADE JUSTA, EQUILIBRADA, SEM MENTIRA POLÍTICAS E COM VERDADEIRO DIREITO A VIVER EM FAMÍLIA.

PORQUE A FAMÍLIA É A BASE (DEVERIA SER) DE UMA SOCIEDADE PRÓSPERA E DESENVOLVIDA!!!

MUITO OBRIGADO.
EDUARDO CUNHA
PROFESSOR DE MATEMÁTICA DA ES BARCELOS