Tu oh! Língua, membro tão pequeno
Que fazes grandes fanfarrices,
E vede quão pouco fogo
É necessário para incendiar um bosque !
Tu que deitas da boca para fora,
Uma língua que se levanta e demora
Língua tão pequena porém venenosa
Quando se agiganta fere e é maiúscula
Língua de fogo e também vernácula.
A língua pode ser bálsamo ou fogo
Pode levantar-se em favor da justiça
E pode constituir um mundo de injustiça
Manchar o corpo e incendiar a roda da vida.
A língua de poeta, escritor ou pedreiro
Pode se aguda, vermelha ou de escarlate
Pode soltar-se, ou andar à mingua
Pode ser benévola, ou dizer disparate!
A língua quem a poderá domar?
Pomos freios nas bocas dos cavalos
Para os dirigir, ou fazer parar
Mas há línguas de vaca que dão estalos.
A língua também se refoga e se come
Porém, outra língua, é porca e indisciplinada,
Prejudicial e cheia de veneno mortífero.
Com a língua bendizemos a Deus,
E amaldiçoamos com ela os homens
Que vieram a existir na semelhança de Deus.
E tantas e tantas vezes da mesma boca
Procedem bencao e também maldição.
A língua é um fogo e por vezes louca,
Difícil de domar neste mundo cão.
Todos nós tropeçámos muitas vezes,
Se alguém de nós não tropeçar em palavra,
Esse homem é quase perfeito, vencendo reveses,
Como um barco grande guiado
Por um leme bem pequeno
Que vai para onde queira o timoneiro!
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http://www.valgode.de
Formatação : Luiz Fernando Guerra
Visualização e som : Vera Pessoa
São Paulo, 27 de outubro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
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