terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Evolução da Educação

Pedro Ribeiro fala da situação dos professores, da educação, da evolução, da Ministra e dos psicólogos infantis.



Fonte: Os Incorrigíveis

O valor de uma dona de casa

Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos

brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas.

Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida

entregue em casa.

A porta do carro da sua esposa estava aberta.

A porta da frente da casa também.

O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.

Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.

A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e

encostado na parede.

Na sala de estar, a televisão ligada berros num desenho animado

qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.

Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da

manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no

chão e até um copo quebrado em cima do balcão.

Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.

Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos

espalhados e de peças de roupa suja.

'Será que a minha mulher passou mal?' ele pensou.

'Será que alguma coisa grave aconteceu?'

Daí ele viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.

Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas,sabonete

líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.

A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira

transbordando água e espuma.

Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou sua mulher

ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.

Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: - Que diabos

aconteceu aqui em casa?

- Por que toda essa bagunça?

Ela sorriu e disse:

- Todo dia, quando você chega do trabalho, me pergunta:

- Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?
- Bem... Hoje eu não fiz nada, FOFO !!!!

Educadores vs professores - Duas histórias...

Duas histórias:

1ª.

Num liceu no Porto estava a acontecer uma coisa muito fora do comum. Um 'bando' de miúdas de 12 anos andava a pôr baton nos lábios, todos os dias, e para remover o excesso beijavam o espelho da casa de banho. O Cons.Exec. andava bastante preocupado, porque a funcionária da limpeza tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao fim do dia e no dia seguinte lá estavam outra vez as marcas de baton.

Um dia, um professor juntou as miúdas e a funcionária na casa de banho e explicou que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam e, para demonstrar a dificuldade, pediu à empregada para mostrar como é que ela fazia para limpar o espelho.

A empregada pegou numa 'esfregona', molhou-a na sanita e passou-a repetidamente no espelho até as marcas desaparecerem.

Nunca mais houve marcas no espelho...

Há professores educadores...


2ª.

Numa dada noite, três estudantes universitários beberam até altas horas e não estudaram para o teste do dia seguinte.

Na manhã seguinte, desenharam um plano para se safarem. Sujaram-se da pior maneira possível, com cinza, areia e lixo. Então, foram ter com o professor da cadeira e disseram que tinham ido a um casamento na noite anterior e no seu regresso um pneu do carro que conduziam rebentou.
Tiveram que empurrar o carro todo o caminho e portanto não estavam em condições de fazer aquele teste.
O professor, que era uma pessoa justa ,disse-lhes que fariam um teste-substituição dentro de três dias, e que para esse não havia desculpas. Eles afirmaram que isso não seria problema e que estariam preparados.
No terceiro dia , apresentaram-se para o teste e o professor disse -lhes com ar compenetrado que, como aquele era um teste sob condições especiais , os três teriam que o fazer em salas diferentes.
Os três, dado que tinham estudado bem e estavam preparados, concordaram de imediato.
O teste tinha 5 perguntas e a cotação de 20 valores.

Q.1. Escreva o seu nome ------- ( 0.5 valores)
Q.2. Escreva o nome da noiva e do noivo do casamento a que foste há quatro dias atrás ------------(5 valores )
Q.3. Que tipo de carro conduziam cujo pneu rebentou.----( 5 valores)
Q.4 . Qual das 4 rodas rebentou ----------- ( 5 valores )
Q.5. Qual era a marca da roda que rebentou ------ (2 valores)
Q.6. Quem ia a conduzir? --------- (2.5 valores)

Há professores educadores...

Sobre a Vírgula

1. Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

2. Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

3. Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

4. Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

5. E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

6. Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

7. A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

- Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
- Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Composição de um aluno de 9º ano - Curso CEF...

Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.*

*Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?

E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e merdas dexicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé! tarei a inzajerar?

Isto é que são novas oportunidades...
Estes alunos nem costumam ter esferográfica, quanto mais cadernos e livros (meterial básico)
E estudar? Dá muito trabalho!
É sempre melhor viver de subsídios, há sempre portugueses que pagam impostos, não há? Burros...

sábado, 13 de setembro de 2008

Moral de uma história imoral

A disparatada ideia de um matrimónio indissolúvel esteve em voga nos últimos dois mil anos. Modernamente, achou-se que era muito monótono um casamento para sempre e, por isso, inventou-se o casamento a prazo, ou seja, precário.

Ao princípio, a lei entendia dever proteger os interesses dos filhos e do cônjuge contra os quais era pedido o divórcio. Mas como um tal conceito de culpa ou de responsabilidade parecia contrário à moralidade laica, entenderam agora os deputados que o matrimónio deve ser revogável em qualquer caso, mesmo a pedido do cônjuge faltoso. Esta moderna liberdade democrática mais não é, portanto, do que uma nova versão do antigo repúdio.

A possibilidade do despedimento do cônjuge, sem necessidade de nenhuma razão, não tem contudo paralelo na legislação laboral, onde se exige que a entidade patronal seja mais respeitosa dos direitos dos seus assalariados. Quer isto dizer, em poucas palavras, que o patrão pode agora mandar bugiar a sua patroa sem necessidade de se justificar e até mesmo depois de a ter sovado, mas já não pode despedir com a mesma liberalidade a sua secretária pois, para um tal desatino, a lei exige-lhe uma justa causa.

A incongruência entre os dois regimes legais é de feição a concluir que o Estado prefere as empresas às famílias; ama mais o lucro do que a moral. Mas também ensina que quem quiser uma duradoira relação pessoal deve optar pelo contrato de trabalho e nunca pelo matrimónio, do mesmo modo como, quem pretenda um vínculo contratual facilmente rescindível, deve casar-se e nunca enveredar por um contrato laboral.

Quer estabelecer uma relação estável, com uma pessoa do outro sexo, contando para o efeito com todas as garantias legais? Pois bem, estabeleça com essa pessoa um contrato de trabalho e fique descansado, porque o Estado vai assegurar o fiel cumprimento desse pacto, ao contrário do que aconteceria se com ela casasse, porque o matrimónio é um vínculo tão precário que nem sequer se necessita nenhuma razão para proceder à sua extinção.

Se o problema é, pelo contrário, conseguir uma pessoa que assegure o serviço doméstico, sem perder a possibilidade legal de a despedir se a sua prestação não for satisfatória, mesmo que a lei não contemple esse caso para a rescisão do respectivo contrato laboral, a solução é simples: recorra a uma pessoa do outro sexo e case-se com ela, pois mesmo que não tenha qualquer razão que justifique legalmente o seu despedimento, o Estado garantirá a possibilidade de dela se divorciar quando e como quiser.

Quer uma relação para toda a vida? Faça um contrato de trabalho, mas não case! Quer uma relação precária, de que se possa desembaraçar quando quiser e sem necessidade de nenhuma causa justa? Case, pois não há vínculo jurídico mais instável no sistema jurídico português!

Moral desta história imoral: empregue a pessoa que escolheu para parceiro de toda a sua vida e case com a sua mulher-a-dias!

Gonçalo Portocarrero de Almada*

*Sacerdote, licenciado em Direito e doutorado em Filosofia.

Madonna - o presente

Madonna - passado recente

Madonna

Inteligente e polémica, a rainha da pop está de volta a portugal, mantendo-se em plena forma aos 50 anos.
Que pena não ter vindo actuar ao Porto.

Madonna Louise Veronica Ciccone Ritchie (Bay City, Michigan, 16 de Agosto de 1958), conhecida simplesmente como Madonna, é cantora, compositora, dançarina, produtora musical e cinematográfica, actriz e escritora. Vencedora de nove Prémios Grammy, e de um Globo de Ouro e dois Oscar. Em 11 de Março de 2008, Madonna entrou para Hall da Fama do Rock and Roll título americano cedido aos artistas que fazem história e têm grande importância e influência no mundo da música por no mínimo 25 anos. Madonna adquiriu muitos prémios ao longo de sua carreira e estes somam um pouco mais de 120, sendo uma das cantoras mais premiadas no mundo da música, segundo a Agência FamaPress. Madonna é mais conhecida pelas polémicas que causa ao misturar temas políticos, sexuais e religiosos à sua obra.

Desde o início de sua carreira em 1982, Madonna tem lançado vários discos e singles e vendeu mais de 280 milhões de álbuns e 160 milhões de singles no mundo inteiro, tornando-se a cantora que mais vendeu na história da música mundial: são mais de 440 milhões de cópias vendidas no total. Em 2006, a Billboard divulgou que a sua turnê de 2006, Confessions Tour, é a turnê feminina que mais arrecadou na história. De acordo com o Guinness Book of Records e com a Revista Forbes, ela é a cantora mais rica do mundo com uma fortuna estimada em 850 milhões de dólares americanos e o Guinness Book of Records, listou Madonna como a Artista Feminina mais Bem Sucedida de Todos os Tempos.

Madonna é chamada constantemente por "Material Girl" e "Rainha do Pop", devido às suas vendas notórias e sua influência inigualável na história da música.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Alvin Toffler comenta o Sistema de Educação actual

PROJECTO MiudosSegurosNa.Net LANÇA WORKSHOP "Hi5 PARA PAIS"

Aprender a Usar as Redes Sociais em Segurança
Promover a Segurança dos Jovens Nas Redes Sociais


Tito de Morais, Fundador do Projecto MiudosSegurosNa.Net
( http://www.miudossegurosna.net/ ), anunciou hoje o lançamento dos
Workshops "hi5ParaPais", uma iniciativa que visa ajudar os
adultos a promover, junto de jovens pré-adolescentes e
adolescentes, a utilização em segurança de redes sociais como o
Hi5. Uma edição desta série de workshops terá lugar já no
próximo dia 27 de Setembro, na cidade do Porto, percorrendo
depois os restantes Distritos do Continente e Regiões Autónomas.

Estes eventos são workshops práticos de um dia (manhã e tarde),
têm lugar ao Sábado e segundo Tito de Morais, "visam
familiarizar os adultos - pais, encarregados de educação,
professores e outros profissionais que lidam habitualmente com pré-
-adolescentes e adolescentes - com a segunda expressão mais
pesquisada pelos internautas nacionais, com nome do site a que
os portugueses dedicam mais tempo quando navegam na Internet a
partir de casa e aquele que lidera o ranking nacional em termos
de páginas visitadas - o hi5".

Estes workshops podem ainda ser frequentados por jovens pré-
-adolescentes ou adolescentes, desde que acompanhados pelos
respectivos pais ou encarregados de educação. No entanto, para
este público, a partir de Setembro, o Projecto
MiudosSegurosNa.Net oferecerá acções de sensibilização
especificamente pensadas para alunos das Escolas dos 2º e 3º
ciclo de ensino e Escolas Secundárias, versando a temática da
segurança nas redes sociais.

Através de uma abordagem prática, do tipo "mãos na massa", e
colocando uma tónica nos aspectos relacionados com a segurança,
os workshops "hi5ParaPais" visam ajudar os adultos a
descodificar o hi5. Transformando os participantes em
utilizadores minimamente experientes e conhecedores de todas as
funcionalidades deste rede social, estes workshops visam ajudar
os adultos a ajudar jovens pré-adolescentes e adolescentes a
maximizar os benefícios e minimizar os aspectos negativos que
podem resultar da utilização desta e doutras redes sociais.

De uma forma genérica, nestes workhops os participantes
aprenderão:
- O que é o hi5, a quem se destina e como funciona
- Quais os principais benefícios da utilização do hi5
- Quais os principais riscos associados à utilização do hi5
- Como minimizar esses riscos e usar o hi5 em segurança
- E muito, muito, muito mais!!

A primeira edição dos Workshops "hi5ParaPais" realizar-se-á na
cidade do Porto, já no próximo dia 27 de Setembro de 2008. Os
potenciais interessados em participar nesta edição e em futuras
edições a ter lugar neste Distrito, podem obter mais informações
e registar-se em http://snipurl.com/32iac.

Os Workshops "hi5ParaPais" percorrerão depois as restantes
capitais de Distrito do país. Nesse sentido estão já previstas
edições para Lisboa e Aveiro, em Setembro e Outubro,
respectivamente. Registam-se também já pré-inscrições Beja,
Braga, Bragança, Castelo-Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda,
Leiria, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Todos os potenciais
interessados podem manifestar o seu interesse em participar na
iniciativa no seu Distrito, a partir de http://snipurl.com/26fb8

Lançado em 2003, MiudosSegurosNa.Net é um projecto familiar que
ajuda Famílias, Escolas e Comunidades a promover a utilização
ética, responsável e segura das tecnologias de informação e
comunicação por crianças e jovens. O Projecto MiudosSegurosNa.Net
guia-se pela visão de uma sociedade onde as famílias, as escolas
e a comunidade em geral trabalham em conjunto para minimizar os
riscos de segurança a que as crianças e os jovens estão expostos
através da utilização das tecnologias de informação e
comunicação, no sentido de lhes permitir maximizar os benefícios
que estas têm para oferecer, de uma forma ética, responsável e
segura e no respeito pelos direitos, liberdades e garantias
consagrados na lei. Mais informações sobre o Projecto
MiudosSegurosNa.Net podem ser obtidas visitando o respectivo
website em http://www.MiudosSegurosNa.Net.

Fonte:

terça-feira, 9 de setembro de 2008

SOS - Professores colocados

Vejam só como se faz humor com a sorte dos Professores...



Obrigada Maria Rosa!

Um testemunho de coragem, de perseverança e de esperança!

Profª Fátima André, desculpe mas não resisti.

O fim das férias

O início do tormento... papeis, papeis, reuniões e mais reuniões. E tempo para preparar aulas, avaliação de alunos, documentos, avaliação de Profs e... a família?!

O fim das férias!

Convém lembrar que não existe nada gratuito. A escolaridade em si mesma custa muitíssimo dinheiro aos portugueses

Da relevância política da portaria da bolacha Maria!
PÚBLICO

09.09.2008, Helena Matos, Jornalista

Se alguma vez tivéssemos de escolher um símbolo para a incontinência legislativa com que os sucessivos governos têm procurado melhorar a vida daqueles que definem como mais desfavorecidos creio que nada suplantaria a portaria da Bolacha Maria.
Dada à luz a 30 de Setembro de 1974, a dita portaria procurava aplicar os conceitos da luta de classe ao reino das bolachas e biscoitos, que é como quem diz criar um regime de preços máximos de venda para a bolacha Maria dado que esta, explicava o legislador, ao contrário de outros tipos de biscoitos, era consumida "em especial pelas classes de menores rendimentos". E assim, a 30 de Setembro de 1974, no preciso dia em que Spínola resignava e Costa Gomes era nomeado Presidente da República, um membro do Governo legislava impassível sobre os preços máximos da bolacha Maria e, em abono da verdade, diga-se também que da bolacha de água-e-sal e das tostas. Como o Governo caiu nesse mesmo dia, o legislador já não teve tempo para regulamentar sobre outros assuntos cruciais para a vida dos portugueses, tais como o universo burguês do sortido húngaro e quiçá estabelecer quotas de acesso ao bolo de arroz. Mas pode essa preclara alma dar-se por satisfeita: o argumento da defesa dos mais desfavorecidos, sobretudo se engalanado dumas vestes de progresso, justifica toda a legislação em Portugal, incida ela sobre as bandeiradas dos táxis, a data do início dos saldos ou a distância mínima a que, na pesca amadora, os pescadores devem deixar as respectivas canas umas das outras.
Tal como aconteceu no dia 30 de Setembro de 1974, muita desta legislação que se apresenta como uma correcção das injustiças - e admitindo que trincar bolacha Maria faz parte do rol dos direitos que cada um traz à nascença - nasce em momentos de grande crise, logo torna-se anedótico, quando não grotesco, cruzar essa legislação com os acontecimentos que a História regista desses mesmos dias: a 30 de Setembro de 1974, Portugal viveu uma das situações mais graves da sua História recente, mas tabelar a bolacha Maria surgiu como essencial a um membro do Governo de então. Infelizmente, esta esquizofrenia está longe de se restringir às dinâmicas revolucionárias - como aconteceu em 1974, em Portugal - sendo mesmo estrutural na elaboração das estratégias políticas dos partidos que fazem as democracias. O exemplo mais próximo desta linha de actuação é o actual Governo espanhol que, perante a ameaça duma grave crise económica, se entretém a anunciar como medidas fundamentais para os próximos meses a alteração à legislação sobre o aborto e o suicídio assistido, vulgo eutanásia. Um guião de humor negro não faria melhor, mas até agora esta agenda de fatalismo progressista tem conseguido preencher o vazio ideológico e proporcionar bons resultados eleitorais. Em Portugal também lá chegaremos, sendo que aos assuntos do costume ainda temos para adicionar a temática da regionalização, assunto mediaticamente precioso num país que, na prática, não consegue sequer actualizar o mapa das suas freguesias.
Por agora, e embora já em contagem decrescente para entrarmos nessas polémicas, o que ocupa as medidas sucessoras da portaria da bolacha Maria são os apoios escolares. Para este ano lectivo anunciam-se mais refeições gratuitas, mais livros gratuitos e um maior número de alunos abrangidos pelo princípio da gratuitidade. Em primeiro lugar conviria lembrar que não existe nada gratuito. E os primeiros a quem tal deve ser recordado são precisamente o Governo que se compraz, qual aristocrata caritativo, a anunciar tanta gratuitidade como àquelas organizações como o Fórum Não Governamental para Inclusão Social que nunca se sabe quem representam e muito menos o que fazem, mas que, imbuídas duma espécie de superioridade moral, exigem ciclicamente uma escolaridade obrigatória "realmente gratuita". Todos aqueles livros e demais material, além da própria escolaridade em si mesma, custam muitíssimo dinheiro aos portugueses.
Também às famílias o valor deste apoio deve ser recordado. Como aliás devia ser dado aos utentes o valor real de cada consulta num centro de saúde, dos tratamentos nos hospitais públicos, das refeições nas cantinas escolares, etc. Porque não só o gratuito não existe como muito provavelmente, ao transformá-lo numa espécie de prémio de presença para aqueles que agora se chamam carenciados, se está a contribuir para que estes não valorizem a escola. Seria, por exemplo, interessante avaliar, a meio do ano escolar, o estado de conservação e utilização de muitos destes livros e material supostamente gratuitos. Como também seria importantíssimo cruzar os dados destes apoios com os dos resultados escolares. Talvez então se percebesse que, na escolaridade obrigatória, a maior parte dos alunos não tem maus resultados por não ter material escolar ou os manuais. (No caso destes últimos, a sua ausência em algumas disciplinas, como o Português, seria até uma bênção!).
O melhor apoio escolar é uma escola que funcione bem, seja exigente com todos os seus alunos e não trate aqueles que rotula como mais pobres - e que nem sempre o são na realidade - como crianças de quem há menos a esperar, tanto no comportamento como na avaliação. E naturalmente uma escola que seja respeitada para o que é essencial que os seus alunos saibam que custa muito dinheiro. Logo é um privilégio poder frequentá-la sem pagar.
É fácil, à distância de três décadas e meia, concluir que, em Setembro de 1974, tabelar a bolacha Maria era absolutamente irrelevante perante os reais problemas que os portugueses enfrentavam então. Provavelmente o mesmo se vai dizer dentro de alguns anos de toda a parafernália que, ano a ano, se anuncia para combater o insucesso escolar, particularmente o insucesso dos filhos dos mais pobres. Mas até lá temos ainda muita bolacha Maria para trincar e muita legislação de apoio às "classes de menores rendimentos" para digerir.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Matrimónio a sério

Na mensagem que enviou à Assembleia quando vetou a lei do divórcio, o Presidente da República afirmou que o decreto «introduz uma alteração muito profunda no regime jurídico do divórcio actualmente vigente em Portugal e contém um conjunto de disposições que poderão ter, no plano prático, consequências que, pela sua gravidade, justificam uma nova ponderação». O Presidente tem razão, mas só ele parece preocupado com isso.

A lei do divórcio foi aprovada no Parlamento num ápice, sem grande interesse ou debate, perante apatia generalizada nos jornais, políticos e sociedade. Ninguém se preocupou com ela, nem dentro nem fora da Assembleia, nem então nem agora que a lei está vetada. Haveria muito mais comoção se as mudanças tivessem sido nos contratos de trabalho, arrendamento ou até no trânsito. Será que a família hoje não interessa a ninguém?

Não. O interesse pela família é o mesmo de sempre. O que acontece é algo muito diferente. Durante séculos o matrimónio era uma questão religiosa e o único casamento que existia era católico. Diante de Deus e da Igreja os esposos prometiam verdadeira fidelidade. Aí era a sério.
O casamento civil foi criado por Mouzinho da Silveira em 1834, mas só funcionou após 1911 com Afonso Costa.

Hoje, passado menos de um século, é o próprio Estado a desqualificar essa sua instituição. Se esta lei passar ficará mais fácil trocar de esposo que de contador da água. Afinal, o casamento civil é descartável. Estamos a voltar à situação normal de sempre: apenas o matrimónio religioso tem algum significado.

João César das Neves

Fonte:

Beata Teresa de Calcutá - 5 de Setembro

Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, (Skopje, 27 de Agosto de 1910 — Calcutá, 5 de Setembro de 1997) foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedónia e naturalizada indiana beatificada pela Igreja Católica.
Considerada a missionária do século XX, concretizou o projecto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade", partiu em direcção à conquista de um mundo, que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.

Aqui fica a minha homenagem a uma grande santa. Rezemos a oração:

Beata Teresa de Calcutá,

no teu desejo fervoroso de amar Jesus como ele nunca foi amado antes, tu te doaste totalmente a Ele, sem jamais negar-lhe nada.

Em união com o coração Imaculado de Maria, tu aceitaste a chamada para saciar a sua infinita sede de amor e de almas e te tornaste portadora do Seu amor aos mais pobres entre os pobres. Com amorosa confiança e total abandono tu cumpriste a Sua vontade, testemunhando a alegria de pertencer totalmente a Ele.

Tu te tornaste tão intimamente unida a Jesus, o teu Esposo crucificado, que Ele, levantado sobre a cruz, se dignou em codividir contigo a agonia do Seu Coração.


Beata Teresa, tu que prometeste de levar continuamente a luz do amor àqueles que estão sobre a Terra, roga a Deus afim que também nós desejemos saciar a sede ardente de Jesus com um amor apaixonado, codividindo com alegria os Seus sofrimentos, e servindo-O com todo o coração nos nossos irmãos e irmãs, especialmente naqueles que, mais do que todos, são « não amados » e « não queridos ».

Amem.



Fonte: